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10 Mitos e verdades sobre o autismo

Atualizado: 18 de nov. de 2022


O Autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), afeta uma em cada 160 crianças no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O TEA afeta principalmente a capacidade de interação social, a comunicação e o comportamento do indivíduo de maneira geral.


Essa disfunção se dá de maneira diferente em cada pessoa afetada, ou seja, o seu tipo e a intensidade dos sintomas podem variar.


Apesar de relativamente comum, muita gente não sabe exatamente do que se trata a síndrome, nem como lidar com pessoas que sofrem com ela.


Hoje (2 de abril), no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, fizemos uma série de mitos e verdades, para você conhecer mais sobre o transtorno, que afeta mais de 70 milhões de pessoas no mundo e 2 milhões de pessoas só no Brasil.

1. O autismo é uma doença?


Resposta: Não. Isso é um mito.

O autismo é resultado de um conjunto de características que afetam o âmbito comportamental do indivíduo e prejudicam algumas capacidades da pessoa.


A definição de doença considera fatores como o risco de morte, a degradação física e de órgãos internos.


O Transtorno do Espectro Autista, na verdade, está classificado como um dos Transtornos de Desenvolvimento.

2. Vacinas podem causar autismo?


Resposta: Mito.

Essa informação é completamente falsa. Segundo a OMS, não há nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno do espectro autista a vacinas como sarampo, caxumba ou rubéola.


Essa relação surgiu após um estudo realizado em 1998, mas que já foi refutado por vários especialistas.

3. O autismo é um problema psicológico?

Resposta: Mito.


Ao contrário do que se acreditava quando foi descoberto o autismo não é um problema psicológico.


Ele se inicia durante a gravidez, mas geralmente só é diagnosticado nos primeiros três anos da criança.


Existem vários graus de autismo, mas ainda não é possível identificar por diagnóstico laboratorial. A forma de descobrir está na observação.


É preciso ficar atento ao comportamento da criança, que pode desenvolver problemas relacionados à linguagem, a interação social, além de apresentar comportamentos repetitivos.


4. Crianças autistas vivem no seu próprio mundo?


Resposta: Mito.

Existe uma falsa crença de que crianças que sofrem com a síndrome não são capazes de se comunicar e são extremamente fechadas em si mesmas.


Apesar do transtorno fazer com que elas desenvolvem um problema de sociabilização, é possível que crianças - e adultos - com autismo vivam normalmente em sociedade.


Existem graus específicos para cada tipo de autismo e todos são passíveis de tratamento. Em diversos países a convivência de crianças com e sem o TEA é feita de forma inclusiva e saudável.


5. Autistas são superinteligentes?


Mito.

Uma pessoa com autismo apresenta diferentes habilidades, inclusive na questão intelectual.


Logo, não se pode generalizar, afinal, como em toda a sociedade, há autistas que apresentam um intelecto acima da média e mostram capacidades maiores.


Por outro lado, também é comum apresentarem características de retardo mental.


6. É possível identificar sinais de autismo no bebê?


Resposta: Sim, é verdade.

Geralmente, o autismo pode ser notado desde os primeiros meses, já que se manifesta nas idades iniciais da criança. Logo, os pais podem observar os indícios do autismo infantil. Procurar ajuda especializada é uma boa ideia quando:

– na maior parte da vezes o bebê não olhar quando for chamado;

– o bebê mostrar dificuldade em estabelecer ou manter contato visual;

– a criança repetir movimentos e mostrar fixação em certos objetos;

– não houver interação com brincadeiras.


7. Autismo pode ser hereditário.

Verdade.

O autismo é um dos transtornos com maior particularidade genética. Pode ser transmitida pelos pais ou por mutações espontâneas, que acontecem no momento da divisão celular.


Realmente, se já há um filho autista na família, as chances de outro nascer com o problema são grandes.

8. Não há cura para o autismo

Verdade.

Embora não tenha cura, é fundamental que o tratamento seja iniciado o quanto antes para que as pessoas se tornem mais independentes e tenham mais qualidade de vida.


9. Autistas não gostam das pessoas

Mito.

Gostam, sentem falta e saudade, prazer na companhia e apego aos demais. Como apresentam dificuldade em aprender com os outros e compreender os sinais sociais, não sabem, muitas vezes, agir da forma esperada nos diferentes contextos.


Isto pode levá-los ao afastamento. Mas, na medida em que adquirem um repertório, tendem a se aproximar.

É fundamental desenvolver pontes e atalhos de modo a facilitar a troca de afeto com os pacientes autistas, respeitando sempre suas limitações e percepções do mundo.


Muitas vezes, eles se isolam porque o entorno os incomoda. Com o trabalho comportamental, essa tendência tende a se abrandar.


10. A internação do autista é positiva, pois uma instituição especializada saberá como cuidar dele

Mito.

De modo geral, o autista pode e deve ser acolhido dentro do seu ambiente familiar.


Para tal, é fundamental que os familiares sejam bem instruídos com relação à doença e aprendam a gerenciar os dilemas do convívio do dia-a-dia, buscando sempre a harmonia e o bem-estar coletivo.


É fundamental que o autista seja readaptado ao modo de vida tradicional e, simultaneamente, que a família respeite e compartilhe sua maneira particular de ser.


Tal integração é peculiar de cada núcleo, uma vez que não existe um paciente igual ao outro e também não existe uma família igual à outra, sendo, portanto, uma combinação única que exige um gerenciamento personalizado.


Os familiares também devem aprender formas de lidar com o portador, aumentando a chance de que o ambiente domiciliar seja a extensão do tratamento que ocorre em ambiente clínico.


Apesar de não haver remédio que cure, o tratamento eficiente inclui respeito, informação, tolerância e apoio.






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